Quase todas
as orquídeas têm uma fase de crescimento e uma fase de repouso.
A fase inicial de crescimento se caracteriza pela aparição
do broto e das raízes.
A fase de crescimento ativo é o desenvolvimento deste broto em
pseudobulbo (caule) e folhas. É nesta fase que a planta precisa
ser aguada e adubada com freqüência. Quando o crescimento desacelera,
a planta entra na fase de repouso vegetativo e sua necessidade de rega
diminui bastante. Depois vem a maturação com formação
ou não da flor.
Uma das maiores dificuldades do cultivo é a freqüência
da rega. Cada gênero e, às vezes, cada espécie, têm
exigências peculiares. De uma maneira geral, rega-se abundantemente
até a água escoar pelos furos do vaso e aguarda-se que o
substrato (material onde ela está vegetando: xaxim desfibrado,
casca de côco, etc.) seque.
Embora esta regra não seja válida para todas, a possibilidade
de errar é menor pois é mais fácil matá-las
pelo excesso de água do que pela seca. As espécies do gênero Cattleya, as mais populares, precisam deste tipo de rega. Já
as espécies do gênero Phalaenopsis, Miltonia, Cymbidium,
Paphiopedilum, devem ter o substrato sempre ligeiramente úmido.
Uma planta maior, por ter uma área maior de evaporação,
exige uma rega mais constante.
Observa-se que diversos fatores vão fazer com que o substrato seque
mais depressa ou mais lentamente:
- o seu tipo (xaxim, piaçava, cascalhinho, casca de côco);
- o material e tamanho do vaso;
- a intensidade da luz;
- a temperatura e
- a circulação do ar.
O vaso de
plástico ou cerâmica vitrificada vai secar mais lentamente
pois não sendo poroso, não há evaporação.
O vaso de argila seca mais rapidamente. Uma maior circulação
de ar e/ou uma elevação da temperatura fará com que
a evaporação se processe mais rapidamente, provocando uma
queda de umidade. Não se deve manter os vasos diretamente sobre
pratinhos pois a água acumulada impede a oxigenação
das raízes e é imprescindível que uma boa ventilação
chegue até as raízes. Pode-se colocar pedra brita no pratinho,
com um pouco de água, desde que não atinja a base do vaso.
Em dias muito quentes, é aconselhável borrifar água
em volta da planta, com cuidado para não molhar a junção
das folhas. Cultivá-las no mesmo ambiente das samambaias também
pode ser um bom recurso para aumentar a umidade ambiental.
Plantas recém divididas também precisam de um regime de
rega um pouco diferente. Como suas raízes não têm
o mesmo poder de absorção, deve-se limitar a borrifar o
substrato durante 3 semanas e só quando começarem a surgir
as raízes, voltar a regar normalmente.
As plantas em flor precisam de menos água e depois da floração,
é necessário reduzir mais ainda a rega, até que comece
a nova brotação e assim recomeçar o ciclo.
As orquídeas podem vegetar na sombra, meia sombra, luminosidade
intensa e pleno sol (raras exceções).
Em geral, elas não devem receber luz solar direta com exceção
dos primeiros raios matinais.
Na sombra, vegetam, entre outras, as micro-orquídeas, Paphiopedilum
e Miltonia.
Na meia sombra: Cattleyas, Coelogyne, algumas espécies de Dendobrium, Laelia em geral (exceto as rupícolas, que vegetam
nas rochas e que precisam de luminosidade intensa), algumas espécies
de Oncidium e a Sophronitis Coccinea.
Na luminosidade intensa: Catasetum, Laelia do tipo rupícola, Cattleyas walkeriana e nobilior, Dendobrium do tipo
nobile, Vanda.
Em pleno sol: Vanda teres, Brassavola tuberculata, Renanthera.
As orquídeas de clima quente são aquelas que toleram temperaturas
mais elevadas, em torno de 35oC no verão e até
picos mais elevados, não se adaptam a temperaturas abaixo de 15oC:
Vandas, Phalaenopsis;
De clima temperado, plantas mais adequadas à temperatura situada
entre 15o e 28oC:
Paphiopedilum (com folhas manchadas) , Cattleya, algumas
espécies de Dendobrium principalmente o Dendobrium phalaenopsis e algumas espécies de Oncidium;
De clima frio, máxima em torno de 20oC (raramente se
elevando a 25oC) e mínima de 0oC:
Cymbidium, Odontoglossum, Paphiopedilum em geral.
Espécies
e híbridos indicados para cultivo ao nível do mar: Dendrobium
tipo phalaenopsis, Renanthera, Vanda sanderiana, Miltonia spectabilis,
Vanda tricolor, Cattleya eldorado, aclandiae e guttata, híbridos
de Vanda, Ascocentrum, Renanthera.
Para cultivo na serra: Cattleya bicolor, granulosa, intermedia, labiata,
Cymbidium, Dendobrium tipo nobile, Laelia anceps, Miltonia candida,
Oncidium flexuosum, Paphiopedilum, Sophronitis coccinea.
Sobretudo
dentro das residências, a ventilação é um ponto
muito importante. Sem ela não há possibilidade de se cultivar
orquídeas.
Sempre que possível deixar as janelas abertas, o movimento constante
do ar é a garantia de saúde das plantas.
Durante a
fase de crescimento, de uma maneira geral, adubar a cada 15 dias com a
fórmula NPK 30-10-10.
Na fase que antecede a floração, aplicar a fórmula
fosfatada (NPK 10-30-20).
Estas fórmulas (N = Nitrogênio, P = Fósforo e K =
Potássio) correspondem às proporções de cada
elemento, eles já são comercializados desta maneira, é
suficiente verificar no rótulo, na hora da compra. Eles são
encontrados nas lojas especializadas.
Os mais recomendados são : Copas, Dufol, Dyna-gros.