Um
outro olhar sobre Hoffmannseggella H.G.Jones
por Francisco E.
Miranda
Introdução
As chamadas Laelias
rupícolas formam um grupo muito natural e uniforme de espécies
que sempre foram mantidas separadas de outros grupos do gênero
Laelia. Atendência atual é não aceitar que
as Laelias mexicanas e as brasileiras sejam muito próximas o
que nos leva a considerar as espécies brasileiras como não
pertencente ao gênero Laelia, já que a espécie
tipo do gênero é mexicana (Laelia speciosa). Em
conseqüência, taxonomistas pensam onde encaixar os quatro
grupos bem delimitados de laelias brasileiras. Tradicionalmente, desde
Schlechter (1917) estes grupos foram aceitos como seções
dentro do gênero Laelia, tratamento seguido por quase todos
depois dele, como, por exemplo, Pabst & Dungs (1975). Não
há aqui nenhum intenção de fornecer fatos históricos
já eles estão amplamente disponíveis em outros
locais (van den Berg, C. and M.W. Chase. 2004), vamos apenas dizer que
as coisas começaram realmente a mudar com o trabalho van den
Berg, C. and M.W. Chase. (2000), baseado em novos dados de DNA. Considerendo
que esta é uma nova metodologia, é bastante óbvio
que é preciso um tempo para que estes estudos sejam aprimorados
até se tornarem mais proveitosos assim, eu decidi definar este
grupo baseado nos mais tradicionais e mais amplamente aceitos aspectos
como a morfologia e a ecologia. Em função de ser um grupo
uniforme, não há ncessidade de procurar soluções
quando não há problema de imediato. Naturalmente, eu poderia
cometer o mesmo erro de Jones quando ele não discutiu os outros
grupos brasileiros de Laeliinae, mas, novamente, este não
é o objetivo aqui. No lugar disto, eu apresentarei evidência
de quanto é bem delimitadoeste grupo e discutir a validade das
características que eu considero que são importantes e
outras que são freqüentemente usadas e são essencialmente
ruins ou perigosas de serem usadas. Eu espero que este tipo de abordagem
seja útil no estudo de outro grupo diferente dentro de Laeliinae
ou mesmo fora dele.
Porque
não foi aceito quando foi inicialmente proposto por Jones em 1968:
Hoffmannseggella
foi estabelecido por Henry Gordon Jones (1968) e, por razões mencionadas
abaixo, nunca foi aceito pelos taxonomistas e igualmente pelos cultivadores.
É fácil entender os cultivadores, já que eles não
gostam e tendem a não aceitar qualquer tipo de mudança de
nome afetando plantas muito bem conhecidas. Quanto aos taxonomistas, a
situação foi diferente mas basicamente pode ser reduzida
a:
Primeiro, embora o
grupo fosse considerado como muito distinto desde o tempo de Lindley (1842),
ao colocar as espécies na Parviflorae, Jones fez um trabalho
muito pobre descrevendo o grupo já que ele utiliza características
que nem todas as espécies possuem e que podem ser facilmente encontradas
em espécies de outros grupos. Essencialmente eram estas:
- Labelo mais estreito
do que em Laelia (verdade até certo ponto).
- Pétalas similares
às sépalas (sim, igual em alguns outros grupos de Laeliinae).
- Hábito rupícola
ou raramente dendroquila (muito vago, o mesmo para muitos gêneros
de Laeliinae).
- Laelia (Microlaelia)
lundii não está no grupo e tem as três características
e só este exemplo é suficiente para que seu trabalho não
seja seriamente considerado.
Em segundo lugar, existe
uma resitência natural em separar um grupo e não fazer nada
sobre os outros (neste caso, os outros grupos de Laelias brasileiras).
E finalmente, the splitting
craze que vemos hoje não estava nos trabalhos da época..
 |
Laelia
(Microlaelia) lundii
é um bom exemplo de uma espécie distante que possui
todas as características mencionadas por Jones para Hoffmannseggella.
Ela mostra facilmente porque seu trabalho não foi aceito na
época. |
Razões
para aceitá-lo:
Assim,
considerando que as características apontadas por Jones não
eram suficientemente boas, vamos tentar acrescentar outras e definir melhor
o gênero:
1- Flores em forma de estrela com pétalas e sépalas essencialmente
similares. Isto exclui a maior parte das espécies de flores grandes
dos outros grupos.
2- Flores têm o labelo realmente trilobado com lobo frontal claramente
arredondado ou elíptico. Isto exclui as hadrolaelias e tipo purpurata.
3- Flores têm o labelo variando de moderado ou fortemente curvado
para trás e isto, finalmente, exclui a Laelia (Microlaelia)
lundii e todas as outras espécies brasileiras de laelias.
4- Inflorescências emergindo de bainhas bem desenvolvidas (que pode
ser difícil de ser vistas nas espécies pequenas, mas existem).
Isto exclui todas as hadrolaelias.
5- Plantas sempre com rizomas pequenos e isto exclui todas as espécies
brasileiras de laelias.
- Existem algumas outras
características que são únicas neste grupo, mas,
para fins de delimitação, estas são suficientes.
É preciso mencionar, contudo, que todas as espécies, singularmente,
têm grandes sementes e isto tem um papel importante na distribuição
local.
Diagramas
Florais:
Diagramas florais de três
espécies Hoffmannseggella para mostrar quanto o grupo é
uniforme.
Grupos
de espécies de Hoffmannseggella
Este é um bom
exercício para julgar as características relevantes e irrelevantes.
Nos devemos sempre escolher o que é usado para a taxonomia e, em
muitas caso,s é preciso muitas informações sobre
as espécies para uma nos dar uma idéia razoavelmente boa
de cada grupo. No caso de Hoffmannseggella, eis o que podemos apresentar:
A-
Uma maneira de organizar as espécies é agrupá-las
pela cor e isto nos dará três grupos básicos:
1-
Espécies com flores amarelas.
2- Espécies
com flores variando do rosa ao púrpura.
3- Espécies
com flores variando do laranja ao vermelho.
Vantagens:
- Fácil de agrupar porque é fácil de se identificar.
Desvantagens:
- Não agrupa realmente por afinidade (com exceções)
e, conseqüentemente, não ajuda a entender o que acontece na
natureza. Este é um agrupamento tipicamente artificial e pode ser
melhorado significativamente.
B- Uma outra
maneira de organizar as espécies é pela morfologia da flores,
o que, na maior parte dos casos, está de acordo com a morfologia
da planta mas nem sempre com a cor da flor. Se quisermos usar mais informações,
pode acrescentar o tipo de inflorescência e, por que não,
o hábito da planta. Tudo isto por ser cruzado com a distribuição
geográfica e as informações sobre a variabilidade
da população, assim nós podemos chegar a alguns grupos
sólidos.
Vantagens:
- Nos permite agrupar as espécies pelo ancestral comum teórico,
considerando, naturalmente que cada grupo de ancestrais originariam de
um (se o considerarmos como monofilético o que pode ser feito de
uma maneira bastante confortável).
Desvantagens:
- Há necessidade de muitas informações para termos
uma visão realmente boa destes grupos.
- Muitas vezes, não
é fácil determinar espécies e afinidades, independentemente
de quantas informações nós temos. Isto quer dizer
quanto mais informações nos reunimos, maior a dificuldade
temos de organizá-las.
C- Algumas
características têm pouco uso e nós temos que ter
cuidado com eles enquanto outras são apenas conceitos errôneos.
Assim, nós temos que estar atentos quando usá-las nas chaves
de espécies. Entre elas estão:
1-
O tamanho das plantas:
Esta é a mais
inútil neste grupo para uma determinada espécie já
que a mesma espécie pode ter uma grande variação
no tamanho dependendo do habitat ou das condições de crescimento.
No habitat, à exposição à luz e ao vento tem
um papel muito grande no tamanho da planta. O mesmo acontece com as plantas
de coleção onde a impossibilidade fornecer a exposição
igual à do habitat produz uma planta muito diferente. Por exemplo,
plantas de Hoffmannseggella bradei freqüentemente tornam-se
maiores em cultivo em razão da dificuldade de fornecer a mesma
quantidade de luz que as plantas recebem no habitat, por outro lado, plantas
de Hoffmannseggella cinnabarina tendem a diminuirem já que
não precisam alongar os pseudobulbos para receber mais luz uma
vez que não vão crescer em meio aos arbustos
2-
Tamanho da inflorescência:
Esta caracerística precisa ser usada com muito cuidado. Embora
seja bastante óbvio que existam espécies com inflorescências
muito curtas ou muito longas, é também verdade que algumas
espécies tendem a produzir inflorescências menores ou maiores
em cultivo (por exemplo, Hoffmannseggella itambana). Isto é
especialmente problemático as a common trait recently is to do
taxonomic work with com plantas cultivadas (por qualquer razão
que seja). Considerando que chaves de espécies do grupo freqüentemente
usa o tamanho da inflorescência, pode-se imaginar o quanto errado
elas podem estar.
|
|
Hoffmannseggella
itambana, quando
em cultivo (esquerda) tende a produzir inflorescência mais
altas do que no habitat (direita)
|
3-
Número de flores:
Nós temos que ser cuidadosos com esta característica.
Quando Pabst descreveu Laelia liliputiana, ele escreveu que a principal
característica era que a espécie SEMPRE produz UMA flor
por inflorescência. Hoje nós sabemos que não devemos
fazer afirmações como esta.
 |
Hoffmannseggella
liliputiana, aqui com três flores em uma inflorescência.
Isto é muito raro, mas no habitat, duas flores por inflorescência
é muito comum. Se tomarmos literalmente o que o protocolo
diz, nós teríamos uma outra espécie aqui.
|
D-
Existem outros conceitos errôneos que, embora não freqüentes
or mesmo usado em chaves, nos dão uma idéia incorreta das
espécies do grupo. Entre eles, nós temos:
1-
Plantas sempre vêm de altitudes elevadas das montanhas:
Pelo menos, duas espécies
podem ser encontradas na costa e uma a cerca de 100m de altitude (por
exemplo,. Hoffmannseggella gloedeniana).

|
Hoffmannseggella
gloedeniana,
hardly a high elevation species...
|
2-
Plantas de frio
Bem, além daquelas do item 1, mesmo algumas crescendo nas montanhas
podem estar sujeitas a uma temperatura elevada durante o dia que nem sempre
cai muito durante a noite (por exemplo, Hoffmannseggella briegeri).
E-
Agora existem características
que são bastante estáveis, além das flores naturalmente,
são muito úteis para identificação. Entre
eles, nós temos:
1-
Hábito vegetatitvo da planta:
Esta é uma
característica bem sólida o que quer dizer que, pelo menos,
algumas espécies podem ser separadas apenas por ela. Esta é,
na verdade, uma das mais importantes características para separar
Hoffmannsegella crispata de Hffgla. flavasulina, por exemplo.
Ou seja, elas podem ser separadas uma da outra apenas pelo aspecto das
plantas.
2- Tipo de
inflorescência:
Outra característica bastante estável, se a pessoa sabe
o que procurar. Uma das mais importantes é a distribuição
das flores. Espécies que têm as flores em cacho no ápex
sempre apresentará as flores assim.
Um bom exemplo é o grupo da Hoffmannseggella crispata.
Hoffmannseggella crispata pode ser facilmente separada de Hffgla.
endsfeldzii por ter as flores em cacho no ápice enquanto a
Hffgla. endsfeldzii as tem separadas. Mesmo que tudo o mais fosse
idêntico, isto seria suficiente para separá-las.
|
|
Aqui
nós temos Hoffmannseggella endsfelzii à esquerda
e Hfglla. crispata à direita.
É fácil ver as diferenças na localização
das flores na inflorescência.
|
Híbrido
natural e especiação
Este
é um grupo de plantas em especiação ativa e isto
pode ser visto pela quantidade de híbridos naturais. Quando mais
de uma espécie crescem juntas, existe uma boa possibilidade que
um híbrido natural entre elas sejam encontradas.
Se a estação de floração das espécies
envolvidas é diferente, o que é a norma, poucas plantas
híbridas são, normalmente encontradas e elas usualmente
acabam por ficar diluidas de volta a uma das populações
(introgressão). Bons exemplos são Hoffmannseggella xCristinae
e Hffgla. xRaganii.
Isto também acontece se os microhabitats são diferentes,
mesmo quando a estação de floração coincide
(por exemplo, Hoffmannseggella xHispidula). Isto é fácil
de entender se nos lembrarmos de que as sementes são pesadas tendo,
assim uma dipersão muito localizada. Entretanto, quando diferentes
espécies dividem o microhabitat e tem estação de
floração similar, populações inteiras de híbrido
podem ser encontradas (por exemplo, Hoffmannseggella xBritoi).
Lista de espécies
afins em Hoffmannseggella
Esta
é uma tentativa de agrupamento de espécies em alianças
dentro do gênero. É baseada nas similaridades morfológicas
da planta e da flor. As espécies seguidas de (*) ainda são
duvidosas no que diz respeito à sua colocação. Espécies
com nomes com (" ") precisam de novos nomes e estão referidas
pelo mais comum porém incorreto nome.
1-
Flores amarelas (maior parte)
Aliança da
Hoffmannseggella blumenscheinii:
blumenscheinii
gracilis
Aliança
da Hoffmannseggella bradei:
bradei
briegeri
esalqueana
itambana
kleberi
verboonenii
Aliança
da Hoffmannseggella cardimii:
cardimii
Aliança
da Hoffmannseggella crispata:
crispata (flava)
endsfeldzii
flavasulina
milleri
sanguiloba *
Aliança
da Hoffmannseggella mixta:
alvaroana
bahiensis *
mixta
Aliança
da Hoffmannseggella gloedeniana:
gloedeniana
macrobulbosa
2-
De flores alaranjada até vermelhas
Aliança
da Hoffmannseggella angereri:
angereri
Aliança
da Hoffmannseggella cinnabarina:
cinnabarina
"cowanii"
colnagoi
hegeriana
mirandae
Aliança
da Hoffmannseggella harpophylla:
brevicaulis
harpophylla
kautskyi
3-
De flores rosas a púrpuras
Aliança
da Hoffmannseggella caulescens:
caulescens (crispilabia)
pabstii (mantiqueirae)
Aliança
da Hoffmannseggella duveenii:
duveenii
Aliança
da Hoffmannseggella longipes:
fournieri
ghillanyi
kettieana
liliputiana
longipes (lucasiana)
reginae
Aliança
da Hoffmannseggella munchowiana:
munchowiana
Aliança
da Hoffmannseggella pfisteri:
pfisteri
Aliança
da Hoffmannseggella rupestris:
rupestris
tereticaulis
Comentários
sobre os estudos de DNA
Esta
é uma seção onde eu expresso minha opinião
pessaol sobre a mais nova tendência em ciência da orquídea.
As with something new, muita gente jump in e conclui que esta é
a solção para todos os problemas de classificação.
Algumas pessoas chegam a dizer that deveria se jogar fora todo o conhecimento
previamente adquirido e começar um outro. Eu já vivi o bastante
para lembrar que exatamente a mesma coisa ocorreu com os estudos do cromossoma
eram novos e assim como a fitoquímica Eventualmente, toda esta
informação era adicionada ao nosso conhecimento comum, junto
com morfologia, anatomia, fitogeográfia e alguns estudos de outras
áreas. Quanto mais informação nós temos, mais
precisas podem ser as conclusões. Os estudos de DNA sendo tão
recentes, naturalmente, nós vamos ter modificações
nos resultados em consqüência da evolução da
metodologia. A seguir, partes do excelente ensaio de Cassio van den Berg
"Considerações sobre as ex-Laelias brasileiras, Sophronitis
e outros gêneros", que foi publicado "online" (van
den Berg, 2003). Eu escolhi alguns parágrafos que considero que
fossem os mais relevantes para a discussão e fiz um comentário
depois de cada um deles. Naturalmente eles foram retirados do contexto,
assim sendo, eu recomendo vivamente que cada um leia o trabalho na íntegra,
é uma excelente leitura. S
"The first is
that, although the ITS data mostram claramente que as espécies
brasileiras de Laelia tiveram que ser segragadas, o nível
de variação (as diferenças) in the DNA within the
trees was low, e conseqüentemente, os subgrupos formados no interior
da árvore teve had little statistic confidence. Este quer dizer
que in a next DNA study (veja abaixo um exemplo), the relationships entre
os diferentes grupos de Laelia poderiam mudar razoavelmente. Therefore
from a stability of names viewpoint (to avoid later changes) making a
single genus was a safer option;"
- Agreed, and this is reason enough to consider any
conclusions as premature although as more info is added
the better the system works.
"O segundo ponto
importante second important point, is that maintaining these species in
a single group we have more information in the system. For example, in
the classification system of orchids most largely used today (Dressler,
1993), there are no categories between subtribe and genus, and consequently,
os gêneros são listas em ordem alfabética sem subtribos.
. If we had proposed several genera for these species, these genera would
be lost among other 50 other genera of Laeliinae, however, the
information that all these species are related would have been lost. Our
intention is later to propose subgenera which show the different groups
of species, which is a formal way of showing the subgroup information.
Entratanto, because the studies are still in course and we could not achieve
conclusive delimitation of the subgroups, these proposals were still not
done, in agreement with the stability factor;”
- Agreed with the first part, but this shows how initial
the conclusions were at this point.
“The
third factor is of historical nature: traditionally
it has been maintained in the literature that an average
size of a group (family, genus, etc.) is around 40 items,
and this was one of the criteria used in the flowering
plants classification of APG (1998). The Brazilian species
of Laelia were a little above this number, but
on the other hand the division into smaller genera would
produce many genera with much less species (around 10),
and some monotypic genera. Furthermore, the genus Laelia was
well accepted in the size it was, only with the questions
regarding the two groups (the Brazilian and Mexican).
The subgenera of Laelia were always a good solution
to show the subgroups, but without losing the coherence
of the larger group;”
-
Agreed in essence, but keeping polyphylletic groups
together doesn’t make much sense. And Hoffmannseggella for
example has the perfect 40 species number, give or take a
couple.
“And
finally, attempts of splitting the subgroups into distinct
genera had already been done (ex. Hoffmannseggella,
Jones, 1968) and were not well accepted by both botanists
(Garay, 1973) or orchid growers. In this way, when we
chose to transfer all species of this group to Sophronitis,
we chose the simpler, stabler system with the best information
content.”
-
Yes, Jones didn’t do a good job, but he didn’t
know the group and its species very well (or at all).
So considering everything, his work would face an uphill
battle on taxonomic circles no matter what. As for the
amateurs, taxonomists can do whatever they want, Laelia
purpurata will always be Laelia purpurata.
Until, of course, all the old school growers die and
new ones never know about the old names.
“In
the work of Chiron and Castro (2002), although a morphological
justification is given, a careful reading makes it clear
that all groups were delimited exclusively based on
the trees of van den Berg et al., (2000), which were
reproduced therein, and also the list of species does
not differ from the list published in Sophronitis in
our adjacent paper. No additional data was presented to
justify the decisions. This somehow made us to worry,
because we knew the fragility of ITS data to establish
groups within Sophronitis (this fragility was stressed
in the original study of DNA). This is even more surprising
because in the beginning of their article, Chiron and
Castro (2002) cited several preliminary cautions about
the use of phylogenetic trees for establishing classifications
(items A-E), and immediately ignored these criteria (especially
item E about robustness of branches) in their proposal.”
-
See, Cassio nailed the problem here. For
his conclusions to be contested, the work has
to be done again, that’s
why we have “Materials and Methods” sections
on scientific works – to allow repeatibility.
If you don’t redo the
work to get to your own conclusions, you risk basing
your arguments in data YOU DON’T HAVE, and in
the end
we have an esoteric discussion of sorts. What I tried
to do here is circunsbcribe Hoffmannseggella purely
on
morphological and ecological grounds, and I think
such an uniform group is very easy to deal this way.
“Although
studies with several other DNA regions for assessing
relationships within Sophronitis are
not finished, preliminary data with two plastid regions
(Fig. 1) already show that in order to use the system
of Chiron and Castro (2002), which was just proposed,
several substantial modifications would be necessary”.
“Based
on data from the regions trnL-F and matK, the species
of Sophronitis in the old sense (before
receiving the species of Laelia), constitute a
good group (differently from the separation of S. cernua which
appeared in the ITS trees), and therefore the placement
of the group of S. coccinea in Hadrolaelia is inadequate.
Similarly, S. harpophylla goes as sister to the
rupicolous species, what makes a dubious situation. At
the same time that these species placed in Dungsia have
some differences in relation to the rupicolous species
(especially size), it is obvious that they share many
other morphological characters with this group, and in
this sense it appears better than Dungsia would
be lumped to Hoffmannseggella in their system.
In this case the only real justification that could be
made to keep Dungsia separated from Hoffmannseggella would
be the will of the authors.”
- Well, that sums it up.
Conclusão
With the above, I have to conclude that:
1-
Eu não posso aceitar Dungsia, primeiro porque foi descrito
baseado on the first ITS sequence work that is being contradicted por
estudos mais recentes, mas mais importante porque a more importantly because
a key morphology feature used to justify it is plain wrong. All the species
of the group DO have floral spathe. And based on morphology, just look
at the flowers and you know where those species belong.
2-
I am glad this is such an easy group to delimit morphologically.
Taxonomists have been studying morphology for more
than 200 years for the simple reason that it is so
easy to study what you can see. This was the only
option in the beginning and now there is so much information
that it just can’t be dismissed
by the shake of the hand to start from square 1. We
also have to remember that:
Phenotype
= Genotype + Environment, which
can be translated as “morphology is a
consequence of the DNA plus environmental factors”.
3- Os estudos de
DNA, neste estágio, são muito preliminares, eu não
posso confiar neles para chegar a uma conclusão sobre a separação
dos grupos. Eu não quero entrar em discussões detalhadas
por diversas razões, incluindo o fato que eu não fiz o trabalho
assim não tenho informação para colocar na mesa especialmente
porque isto não importante já que estou convencido de que
eles ainda são preliminares. Eu examinei profundamente o trabalho
de DNA que vem sendo feito e o achei extremamente interessante assim eu
o retomarei no futuro para ver como as coisas irão.
Veja, quanto mais
eu penso sobre isto, eu imagino que, mesmo num futuro distante, as informações
moleculares e morfológicas vão convergir para um ponto ond
eos resultados serão essencialmente os mesmos. Isto porque os dois
são apenas duas maneiras diferentes de olhar a mesma coisa.
4- Conversando com
Cassio durante o timeframe of the WOC, nos discutimos sua opinião
de que será melhor considerar Laeliinae brasileiras como
Cattleya and the different genera as subgenera of it. Eu penso
think this is a sensible approach and addresses the main problems created
with lumping them with Sophronitis and makes it basically a matter
of splitting or lumping genera. In this particular case, lumping is an
option but it get at odds with what is happening with other groups as
for example the Oncidiinae and Pleurothallidinae where heavy
splitting is happening. As laelias rupícolas formam um grupo muito
uniforme that will stay equally well as a separate genus or a subgenus
of Cattleya so I will be watching what happens.
5- E finalmente,
nós todos temos nossas opiniões pessoais e eleas refletem
em cada trabalho que fazemos. Tudo o que eu estou falando aqui é
justamente isto, minha OPINIÃO PESSOAL. Do mesmo modo que eu não
concordo com alguma coisa, você é livre, naturalmente, para
discordar de mim. Independentemente de quantas informações
eu tentei reunir, isto não muda este fato.
 |
Hoffmannseggella
harpophylla
no habitat natural, Venda Nova do Imigrante, ES. É fácil
ver as bainhas bem desenvolvidas da inflorescência, típica
de todas as espécies do gênero. Isto por si só
torna inválida a justificativa morfológica para o
gênero Dungsia.
|
Bibliografia:
Jones, H.G. 1968. Acta Botanica Academiae Scientiarum
Hungaricae 14: 69.
Lindley, J. 1842. SECT. Parviflorae in Bot.
Reg., XXVIII, sub. t. 62.
Pabst,
G.F.J. & Dungs,
F. 1975. Orchidaceae Brasiliensis, Band I, p. 146. Brucke-Verlag,
DE.
Schlechter, R. 1917. Die Einteilung der Gattung Laelia und
die Geographische Verbreitung ihrer Gruppen. Orchis 11:87-96.
van den Berg, C. and M.W. Chase. 2000. Nomenclatural
notes on Laeliinae 1. Lindleyana 15(2):
115–119.
van
den Berg, C. 2003. Considerações sobre
as ex-Laelias brasileiras, Sophronitis e outros
gêneros. Orchid News 20 in Brazilian Orchids online
(http://www.delfinadearaujo.com)
van den Berg, C. and M.W. Chase. 2004. A chronological
view of Laeliinae taxonomical history. Orchid
Digest 68(4): 226-254.
An exercise in personal opinion
This
is a simple random diagram to show how these things go. Dependendo da
pessoa que está vendoon the person looking at it, the red line
can slide left or right. Depending on where it is positioned, we go from
one group to four, six, twelve or seventeen. All this without changing
the data, just the person looking at it… And this is valid for
morphological data, numeric taxonomy data, and even… DNA data.
Just put a real key instead of this one and see people fighting over where
to put the line. Human nature, but I digress.
Fotos: Francisco Miranda
Francisco
E. Miranda
4763 Polk City Road,
Haines City, FL 33844, USA
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