Tribo: Cymbidieae
Subtribo: Oncidiniiae
Etimologia:
Do grego = Onkos.
Olof Swartz, em 1800, nomeou este gênero com o nome de Oncidium em razão do pequeno calo situado na base do labelo, que tem aparência de um pequeno tumor, intumescência que em grego é Onkos



Algumas considerações de
Carlos Eduardo de Britto Pereira
sobre o gênero Oncidium no Brasil

Parte III




Seção Crispa
Alguns Híbridos Naturais





O. wheatleyanum (O. crispum X O. dasytyle)
Carlos Eduardo só viu uma flor de herbário portanto ainda não pode ter uma opinião conclusiva a respeito.




O. colnagoi. Arquivo/Archive: Carlos Eduardo O. X colnagoi
(O. zappii X O. gardneri var. caloglossum)
Existia uma dúvida de que seria híbrido de O. forbesii X O. zappii, mas o primeiro não existe nos habitats conhecidos do segundo.
No Espírito Santo, no mesmo habitat do O. zappii
O. zappii. Archive/Arquivo: Carlos Eduardo
são encontradas outras espécies de Oncidium, como o O. gardneri var. caloglossum,
O. gardneri. Archive/Arquivo: Carlos Eduardo
o O. X colnagoi, o O. welteri, o O. divaricatum mas não o O. forbesii.
Também no habitat do O. zappii encontrado
no Estado do Rio, no morro da Bela Joana
(fim da serra quando se começa a descer para Campos, em São Fidélis), Carlos Eduardo constatou também a ocorrência do O. forbesii
O. forbesii. Arquivo/Archive: Carlos Eduardo mas não encontrou nem X colnagoi e nem
O. gardneri.




X litum Rchb. f.
X
punctatum Hort
X litum Rchb. f. é considerado como híbrido de O. forbesii x O. crispum, mas Carlos Eduardo concluiu que possivelmente não será esta combinação.
X punctatum Hort
Na Flora Brasiliensis aparece como híbrido de O. forbesii X O. gardneri
Este híbrido é muito variável. Ele teve muita dor de cabeça para conseguir separar o que é O. X litum do que é O. X punctatum, pois eles são muito parecidos
e, embora sejam cruzamentos
diferentes, é sempre O. forbesii, mas a outra espécie é diferente.




X praestans Rchb. f.
X polletianum Rchb. f.

O. praestans
Reichenbach f. descreveu O. X praestans como espécie e falou da possibilidade de ser um híbrido entre O. dasytyle e O. gardneri.
Reichenbach d. descreveu X polletianum como espécie e falou da possibilidade de ser um híbrido entre O. dasytyle e O. forbesii.

Muito embora outras referências bibliográficas concordem com Reichenbach, a partir da "Flora Brasilienzis" eles também têm sido dados como variedade do O. gardneri, mas para Carlos Eduardo não tem nada a ver uma coisa com a outra.
Ele examinou os materiais tipo dos dois, assim como material vivo e concluiu que são espécies distintas e válidas.
X praestans Rchb. f. seria O. dasytyle X O. forbesii) e o X polletianum Rchb. f. seria O. dasytyle X O.curtum).
Ambos são muito bonitos e ambos ocorrem no Estado do Rio.




O. amictum Lindl.
O. nitidum
Barb. Rodr.
Carlos Eduardo considera como duas espécies válidas, o que normalmente chamam de O. amictum é, na verdade, o O. nitidum de Barbosa Rodrigues.
E o tipo do O. amictum de Lindley é uma coisa completamente diferente e dá impressão de ser um híbrido entre algum Oncidium da seção waluewa com O. sarcodes.
É uma coisa que ele também nunca viu mas o O. nitidum que o Pabst coloca como sinônimo de O. amictum é completamente diferente
.
O. nitidum - Arquivo/Archive - Carlos Eduardo




O. cornigerum Lindl.
O.
fimbriatum
Lindl.
O. cruciatum
Rchb. f.
O. cornigerum - Arquivo/Archive - Carlos Eduardo
Lindley quando descreveu a espécie O. cornigerum, como a maioria dos botânicos daquela época, costumava dar um nome vulgar, este era o Oncidium cabeça de touro, bull's head, porque tem aqueles dois chifrinhos voltados para a frente.
A partir do exame do material de herbário de Lindley, tanto do O. cornigerum quanto do O. fimbriatum, Carlos Eduardo pode ver que os lobos laterais do labelo são voltados para frente como se fossem dois chifres.
O desenho apresentado no livro do Pabst como Oncidium fimbriatum, na realidade, corresponde ao O. cornigerum descrito por Lindley.
Assim O. fimbriatum é, possivelmente, um sinônimo de O. cornigerum que foi o primeiro a ser descrito.
O. fimbriatum foi descrito a partir de uma única flor e possivelmente quando Lindley a recebeu, já deveria estar velha.
Com a relação ao O. cruciatum, Carlos Eduardo foi duas vezes ao herbário de Viena e na duas vezes que foi a excisata do tipo estava emprestada à Espanha, desde l975. Reclamou, voltou lá no ano seguinte, mas ainda não estava lá. Não sabe já foi recuperada pois eles estavam fazendo uma obra no herbário.
Acredita que com o término da obra, eles vão procurar recuperar pois é uma preciosidade. Por esta razão, não chegou a ver o tipo, mas viu bem a descrição e, por ela, tem a impressão que o desenho apresentado no livro de Pabst & Dungs como O. cornigerum corresponde ao O. cruciatum e o desenho apresentado como O. cruciatum nada mais é do que um desenho do O. pubes. É por esta razão que ele diz que é uma seção muito complicada e por isto não pode afirmar ainda antes de se fazer um estudo mais profundo.
O. cruciatum - Arquivo/Archive - Carlos Eduardo




O. gilvum
Para Carlos Eduardo, é praticamente impossível de se dizer o que é O. gilvum porque não existe material de herbário dele e o único desenho na Flora Fluminense, de Frei Veloso, não permite conclusão nenhuma.




O. polyodontum Krzl
Ele só viu material de herbário, mas não se sabe qual é o seu habitat.




O. planilabre Lindl.
Ele nunca conseguiu encontrar.




O. sellowii Cogn.
Esta espécie é confirmada para Minas Gerais e Pernambuco, mas não quer dizer que não exista em outros locais.




O. blanchetii
A planta do O. blanchetii, 1393, é encontrada em todos os herbários da Europa com o mesmo número.
Carlos Eduardo acredita que todas as plantas sejam da mesma coleta e que teriam distribuídas entre os diversos estudiosos.
A que ficou no herbário de Viena e foi descrita por Reichenbach é o tipo e as outras são holotipos.
Se fossem coletas diferentes, teria-se, por exemplo, o tipo, com o número 1393, a de Kew seria 1394 ou 1395 , a depositada pelo mesmo Blanchet, teria outro número e assim por diante
.




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